Descubra sua IDENTIDADE antes de abrir seu NEGÓCIO

Você abriria uma empresa sem nem saber quem você é?
Pois é exatamente isso que muita gente faz todos os dias.

É curioso como alguns clichês que ouvimos ao longo da vida ganham tanta popularidade que acabam sendo desvalorizados. A gente tem esse hábito de menosprezar conhecimentos que se tornam comuns.

E não se sinta mal — eu também sou uma dessas pessoas.

Mas ontem, refletindo sobre uma dessas frases clichês do mundo dos negócios, percebi como ela faz total sentido:
“Se seu CPF é forte, naturalmente seu CNPJ também será.”

Traduzindo: se você, como pessoa, é resiliente, forte, tem identidade e sabe onde quer chegar, sua empresa seguirá o mesmo caminho.

E o contrário também é verdadeiro:
Uma empresa sem alma é reflexo de uma vida sem propósito.

Por isso, é extremamente importante saber quem você é e qual é o seu propósito aqui na Terra.

Tudo isso vai se refletir na forma como você cria e conduz o seu negócio.

A origem da nossa identidade

A verdade é que — na maioria das vezes — nossa identidade foi moldada sem que a gente percebesse.
Somos, em grande parte, fruto do meio:
pessoas, hábitos, crenças, experiências boas ou ruins.

Alguns cresceram em ambientes difíceis, de dor e instabilidade.
Outros, em contextos mais estáveis — mas nem por isso descobriram quem realmente são.

A questão é:
Identidade não é herdada.
Identidade é construída.

E por isso é fundamental ter clareza sobre quem somos.

Neste artigo, eu quero te mostrar 3 motivos para descobrir sua identidade — seja você alguém que já tem um negócio ou que quer começar do zero.

1 – Aquilo que você acredita se torna real

“Se você acredita que pode ou acredita que não pode…
Em ambos os casos, você está certo.”
Henry Ford

A sua identidade é formada pelas suas crenças.
E nessa fase — de início, recomeço ou crescimento — você vai precisar de uma mentalidade de vencedor e realizador. Isso é essencial para ter uma empresa bem-sucedida.

Afinal, ninguém quer começar um negócio já no caminho certo para o fracasso.

Então, reflita com atenção:
Você acredita que pode ou que não pode?
Porque, como já dizia Ford, em ambos os casos… você está certo.

Quando Henry Ford iniciou sua empresa de automóveis, ele tinha um pensamento disruptivo para a época. Acreditava no que queria alcançar. Com clareza de propósito, ele revolucionou um setor ainda engatinhando.

Hoje, grandes fábricas com linhas de montagem otimizadas devem esse modelo a ele.
Ford foi mais que um industrial — foi um realizador visionário, com mais de 150 patentes registradas em seu nome.

Sua linha de montagem permitiu a produção de um automóvel em menos de duas horas, nos primeiros anos do século 20. Ele se consagrou no setor automotivo, e a Ford se tornou uma gigante que segue relevante até hoje.

A mentalidade de Ford não revolucionou apenas a indústria — ela inspirou gerações de empreendedores.

E tudo começou com uma crença.

A mentalidade de realizador que ele cultivou não abençoou só ele, mas impulsionou toda uma economia.
Isso acontece com quem inova, acredita e age com propósito.

Pensar que vai conseguir ou pensar que vai fracassar consome a mesma energia mental.
Então por que insistimos em pender para o lado negativo?

Esse é o padrão de muitos que resolvem abrir um negócio sem saber quem são de verdade.

Seus valores irão guiar seu negócio — e também seus resultados

Se já entendemos que aquilo em que acreditamos se torna real, então é crucial ter valores bem definidos na vida.

Muitos dos nossos resultados nos negócios começam nos bastidores invisíveis: nas nossas decisões diárias, nos nossos hábitos morais, no nosso trato com as pessoas.

Você acredita mesmo que ser grosseiro, mal-educado ou reclamão não vai impactar seu negócio?

Pode até gerar alguns resultados no curto prazo. Mas, no longo prazo, vai sobrar você… e seu ego como única companhia.

Seus valores constroem a base do seu negócio — ou afundam ele.

 


 

E aí, como você tem agido no dia a dia?

Você trata bem o garçom no restaurante? Tem uma relação saudável com seus amigos, cônjuge, família?
Você dá bom dia com um sorriso no rosto? Ou vive de cara fechada, impaciente com quem ainda está aprendendo?

Não estou dizendo que você precisa ser um robô sempre bem-humorado.
Mas pense bem: se você trata mal as pessoas próximas, como vai tratar seus clientes? Seus parceiros de negócios?

Será que você age com integridade — ou vive em modo “dupla personalidade”?

“A forma como você faz qualquer coisa é a forma como você faz tudo.”
James Clear, autor de “Hábitos Atômicos”

Se por hábito você age de determinada maneira, cedo ou tarde esse padrão vai vazar para outras áreas — inclusive para o seu negócio.

2 – Quem tem identidade, sabe seu valor

“Quando você tem identidade, você não aceita qualquer negociação, qualquer parceria, qualquer proposta.”

Quando Daniel foi levado como escravo para a Babilônia, ainda era jovem. Seu povo — os judeus — havia sido capturado pelo rei Nabucodonosor, um governante poderoso, que adorava outros deuses e impunha uma cultura completamente diferente daquela em que Daniel havia sido criado.

Mesmo sendo escravo, Daniel foi escolhido para algo “maior”: aprender a língua, os costumes e a mentalidade daquele povo. Ao final de três anos, ele serviria no palácio do rei. Um privilégio, aos olhos humanos. Uma honra — mas também uma armadilha para quem não sabe quem é.

Logo no início, Daniel enfrentou um dilema.
O banquete servido no palácio era farto, mas carregava um peso espiritual: os alimentos haviam sido oferecidos aos deuses da Babilônia.

Daniel poderia ter cedido.
Ele era apenas um jovem, longe de casa, sem direitos. Mas ele tinha algo que não se perdeu na viagem: identidade.
Sabia quem era. Sabia quem era o seu Deus. Sabia no que acreditava.

Então propôs ao responsável:

“Durante dez dias, me deixe comer apenas legumes e beber água.
Compare depois minha aparência com os outros jovens que comem da mesa do rei.”

O teste foi aceito.
E ao final dos dez dias, Daniel estava mais saudável, mais forte — e foi ainda abençoado com sabedoria, discernimento e visão sobrenatural.

O que ele fez? Escolheu seguir seus princípios.
Mesmo sem status. Mesmo sem garantia. Mesmo em um ambiente onde tudo dizia o contrário.

 

E você?

Como você reage diante de propostas que vão contra os seus valores?

Oportunidades aparecerão. Algumas parecerão irresistíveis. Mas se você tiver identidade, saberá escolher com sabedoria.

Porque quando você sabe quem é, você sabe se posicionar.
Sabe dizer “não” quando precisa.
Sabe permanecer firme mesmo diante da pressão.

E é preciso identidade para isso.

Não dê ouvidos para o ruído alheio

Inclusive, muitas vezes, o ruído vem dos mais próximos.

Quando você tem identidade, aprende a silenciar o barulho ao redor.
E o mais desafiador: o barulho que vem de quem está mais perto.

Na caminhada empreendedora, nem todo mundo vai entender a sua dedicação.
Sua mentalidade.
As renúncias que você faz para construir algo com propósito.

Vão te chamar de bitolado.
Vão dizer que você está se perdendo, se isolando, se consumindo.
Talvez, em parte, estejam certos.
Mas há uma diferença: existem conselheiros certos para te confrontar — e existem os que só sabem julgar.

E os conselheiros certos são aqueles que você elege conscientemente. Pessoas em quem você confia para ouvir, não gente que simplesmente te conhece há anos.

Porque tem gente que te viu crescer, que esteve na sua infância, mas não entende seu propósito, nem tem acesso à sua jornada interior. Mesmo assim, vive opinando.

E o pior: você continua ouvindo.

Se você não elegeu essa pessoa como conselheira da sua vida, por que continua dando tanto peso à opinião dela?

 

A história de Davi — e a voz certa

Me lembrei de Davi.

Ele era apenas um pastor de ovelhas.
Enquanto seus irmãos treinavam para a guerra, ele cuidava do rebanho do pai.
Mas Deus viu o coração — não a aparência.

O sacerdote Samuel recebeu um direcionamento de Deus: ungir um novo rei, pois Saul havia perdido sua unção. Samuel foi à casa de Jessé. Os filhos mais fortes foram apresentados primeiro. Nenhum deles foi escolhido.

Davi, o esquecido, estava no campo. E foi ele quem Deus ungiu como rei — porque tinha um coração alinhado com o do Criador.

Mais tarde, Davi foi levar comida aos seus irmãos no campo de batalha e ouviu falar de Golias, o gigante que desafiava Israel. Descobriu que quem o derrotasse se casaria com a filha do rei.

E o que Davi fez?
Começou a perguntar. Quis entender. Enxergou propósito naquela oportunidade.

Mas seus irmãos zombaram:

“O que você está tramando, Davi? A gente te conhece.”

E ele respondeu:

“Não posso nem fazer uma pergunta?”

Agora imagina: se Davi não soubesse quem era, teria recuado.
Teria pensado:

“É verdade… melhor eu não me meter com isso.”

Mas ele sabia quem era.
Sabia que já tinha sido ungido.
Sabia que tinha uma promessa.
Sabia que havia algo maior do que a visão limitada dos seus irmãos.

Ele não ouviu o ruído. Ouviu a voz certa.

Resultado?
Derrubou o gigante. Ficou conhecido.
Mas também foi perseguido — inclusive pelo próprio rei Saul, que ficou com inveja.

E mesmo assim, Davi permaneceu firme, íntegro, fiel aos seus princípios. Porque ele tinha identidade.

 

Então, saiba de quem você vai ouvir conselhos.

Davi ouviu a voz de Deus — através do sacerdote.
Essa voz moldou sua identidade.
Mas ele não deu ouvidos ao julgamento dos irmãos, que só enxergavam a casca.

Pra saber de quem ouvir, você precisa saber quem é.

E com isso, eu te levo ao terceiro ponto:

3 – Quem tem identidade, segue princípios

Princípios são diferentes de regras.
Regras podem ser flexíveis. Princípios não.
Eles são verdades absolutas — que, se quebradas, cobram um preço.
E não estou falando só do plano físico.
Estou falando do espiritual também. Porque nós somos corpo, mente, alma e espírito.

Por isso, seguir princípios é essencial.

Sou cristão, e acredito em valores e princípios bíblicos. Quando aplico isso na minha vida pessoal, naturalmente isso se reflete nos meus negócios.

Minha identidade está diretamente conectada à forma como me posiciono no mercado.

 

Sua identidade se reflete no seu negócio.

Se você ainda não sabe quem é, o seu negócio também não terá uma identidade definida.
Ele pode ir por qualquer caminho.
E o que define um caminho sólido?

Princípios.

É isso que sustenta, direciona e faz você crescer com consistência.

E o mais curioso?
Muita gente que nem é cristã prospera aplicando princípios bíblicos.
Por quê?
Porque princípio funciona.

Deus estabeleceu certas leis universais na criação do mundo.
Quando você caminha alinhado com elas, o desdobramento é positivo.
Quando você as ignora… o caminho se complica.

 

Um exemplo: a generosidade

Salomão — o homem mais sábio que já pisou na Terra — disse:

“A alma generosa prosperará.”

Generosidade é um princípio.
Dar ao próximo.
Fazer o bem.
Fechar negócios onde todos ganham.
Não explorar.
Às vezes até ganhar menos que o outro — mas entregar valor real.

Se o seu negócio aplica generosidade, ele está alinhado com um princípio poderoso.

 

Um evento que me marcou

Recentemente participei de um evento de inteligência emocional.
Três dias de imersão. Estrutura impecável: telão, ar-condicionado, câmeras, som profissional.

E eu não paguei nada para estar lá. Fui convidado.

Durante o evento, o palestrante revelou: apenas 10% dos 900 presentes haviam pago.
Os outros 90% — como eu — foram convidados.

O que ele fez?

Presenteou os que pagaram com livros, proporcional à quantidade de convidados que cada um trouxe.
Esses livros poderiam ser revendidos por R$150 cada.
Teve gente que saiu com 10, 15 livros — o suficiente para recuperar o investimento e ainda lucrar.

Ele entregou tudo.
Durante três dias, das 8h às 20h, foi inteiro.
Não reteve nada.

E o que aconteceu?
Prosperou.

Porque o princípio funciona.
A alma generosa prospera.

Se o seu negócio for construído sobre princípios — generosidade, ética, verdade —
ele vai crescer com consistência.

Esse foi só um exemplo. Existem muitos outros.

Mas se você entendeu esse…
Você já entendeu por que quem tem identidade, segue princípios.

 

Dinheiro é importante. Mas legado é eterno.

Sim, faturar é bom. Crescer, prosperar, acumular.
Mas de que adianta fazer fortuna… se você perder sua alma no caminho?

De que adianta conquistar bens, se você não deixar nada de valor pro mundo?

Se o que você construiu foi só pra você… vai levar isso pro túmulo?

Você não é um faraó.
(E mesmo os faraós… levaram, mas de que adiantou?)

 

Hoje, vemos líderes e empresas que geram lucros altíssimos às custas de mão de obra desumana, explorando gente como se fosse descartável.

Depois, abrem uma fundação filantrópica… só pra aliviar a consciência.

Mas no fim do dia, o que vai importar não é a fortuna.
É o legado.

Dinheiro não sustenta uma vida com propósito.
Mas princípios sim. E identidade também.

 

O que você vai deixar de valor pro mundo?

Com sua empresa?
Com sua história?
Com o que você criou do zero?

Porque quando você sabe quem é, você não constrói só uma empresa.
Você constrói pontes. Constrói histórias. Deixa um impacto.

Você pode transformar vidas.
Influenciar uma geração.

Mas, pra isso…
Você precisa saber quem é.

Se esse conteúdo chegou até você, talvez tenha vindo com propósito.
Talvez não traga respostas prontas. Mas talvez te faça pensar.

E pensar… já é o primeiro passo para mudar de rota.

Eu mesmo, ao escrever esse texto, percebi áreas em mim que ainda estão em construção.
E tudo bem.

Estamos todos em lapidação.

Então minha sugestão é:
Reflita. Questione. Reveja.
E ajuste sua rota, se for preciso.

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